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Somos uma igreja evangélica filiado à Igreja Presbiteriana do Brasil-IPB.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A Lei do Holocausto

A lei do Holocausto
(Lv. 6.8-13)

Qual é a lei do holocausto? Deus deu ordens aos sacerdotes acerca do altar e do holocausto. O sacrifício deveria queimar sobre o altar a noite toda e no outro dia o holocausto era renovado, isto continuamente. Entre um sacrifício e outro, as cinzas eram removidas e jogadas fora do arraial, tomando sempre o cuidado de não deixar o fogo se apagar. Para tanto, os sacerdotes ateavam lenha sob o altar a cada manhã.
A presença vivificante de Deus no meio do povo israelita estava relacionada ao sacrifício contínuo. Agindo assim, a glória do Senhor enchia o templo, santificava o povo, tornando-os propício a Ele. Hoje, a presença de Deus na vida do crente e da igreja também está relacionada ao sacrifício contínuo. Ainda precisamos sacrificar! Se não sacrificarmos a presença de Deus em vez de nos vivificar irá nos matar. O que significa isto? Desde quando a presença de Deus mata? Alguém poderia perguntar. A verdade é que nossas igrejas estão cheias de cadáveres espirituais! Pessoas que por terem deixado de sacrificar estão morrendo e muitas já estão mortas. É neste sentido que a presença de Deus mata, pois as pessoas têm chegado diante Dele com o coração impregnado de pecado e querem ser abençoadas tais como estão. Não existe compatibilidade entre luz e trevas. A presença santificadora de Deus expõe o pecado e se não houver confissão e abandono é certo que esta presença causará o efeito contrário. Muitas pessoas nesta situação estão pulando de igreja em igreja dizendo que já não sentem mais a presença de Deus. De fato não vão sentir, pois um morto nada sente, há não ser que clamem pelo poder vivificador do Espírito de Deus. Do contrário, e se não começarem a sacrificar, ficaram quais zumbis perambulando sem rumo/sem direção até se precipitarem no abismo, lugar sem volta.
Alguém poderia questionar, o sacrifício cessou! Sim, O sacrifício segundo a ordem de Arão cessou, mas o sacrifício segundo a ordem de Jesus continua válido até o dia final. Em Jesus somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Jesus instaurou o sacerdócio universal a partir de sua morte e ressurreição. Então precisamos assumir as responsabilidades de sacerdotes, quanto ao templo, quanto ao altar, quanto ao sacrifício, quanto ao fogo, quanto à lenha e quanto às cinzas. O que isto significa?
O templo
Na dispensação da nova aliança o templo é minha vida, é o meu corpo. Em I Co 6.19, lemos: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” O nosso corpo não mais nos pertence, pertence a Deus. Portanto precisamos ser zelosos com ele, limpa-lo/santifica-lo de toda impureza, sujeira, “porque fomos comprados por um preço muito alto. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20).
Observamos grandes e suntuosos templos sendo construídos em nossas cidades. Entretanto, a espiritualidade de uma congregação não é medida pelo tamanho do templo ou por sua ornamentação. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. Deus habita no coração do homem que lhe dá morada. Deus está preocupado com este templo, não com aquele. Hoje, é comum as pessoas confundirem/associarem igreja ao espaço físico. Quando na verdade nós é que somos a igreja de Deus, templo do Espírito Santo. Onde quer que formos ou o que fizermos, somos representantes da igreja de Deus. Portanto, como sacerdotes, cuidem deste templo, pois é nele que o Espírito de Deus habita.
O altar
Se o templo é o meu corpo, o altar está dentro de mim, é o meu coração. Neste altar preciso sacrificar continuamente o pecado que tenazmente me assedia. O pecado do orgulho, da soberba, da inveja, da ira, da discórdia, o pecado da idolatria, da rebeldia, o pecado da prostituição, da lascívia, as obras da carne que milita contra o fruto do espírito. Este sacrifício se faz necessário para que possamos mortificar a carne todos os dias. É uma luta ininterrupta, sem trégua. Se baixarmos nossas armas espirituais morreremos. Morreremos espiritualmente, nos tornaremos escravos da carne. Da mesma forma que o sacrifício de animais aplacava a ira de Deus, o sacrifício do pecado nos torna propício a Ele.
O fogo
É certo que não há sacrifício sem fogo. Para que haja sacrifício contínuo o fogo precisa queimar sob o altar constantemente. Este fogo simboliza o Espírito Santo de Deus. Sem ele não há sacrifício! O fogo do Espírito é quem nos dá forças para sacrificarmos. Sacrificamos quando confessamos os nossos pecados, quando nos arrependemos e abandonamos o erro, quando deixamos o mundo e seguimos a Cristo. Assim como na Antiga Aliança era responsabilidade do sacerdote fazer com que o fogo nunca se apagasse (v.12), na Nova Aliança esta ordenança ainda continua válida. O que mudou é que Deus não mais exige sacrifícios de animais, Ele exige uma vida de sacrifícios. Jesus assim nos disse no Evangelho de Lucas 9.23: “...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” A negação do eu é um dos maiores sacrifícios que se possa exigir de alguém e são poucos que estão disposto a fazê-lo. Contudo, não basta só negar-se a si mesmo, é preciso tomar a cruz todos os dias e seguir na caminhada da pregação e vivência do evangelho, na caminhada da divulgação dos valores do Reino de Deus. Se alguém quiser viver assim, é necessário fazer tais sacrifícios. O fogo do Espírito precisa arder em nossos corações constantemente.
A lenha
O sacerdote deveria chegar lenha no altar todas as manhãs. A lenha não deixa o fogo se apagar, é o combustível que lhe dá força e o mantém aceso. A lenha simboliza a leitura da palavra, é a oração e a comunhão. A lenha é o perdão, o amor ao próximo. A lenha é fazer o bem sem olhar a quem, é a obediência à palavra de Deus, é viver como nova criatura, mortificando a carne, vivificando o espírito. É o cristianismo prático. Estes são os combustíveis que farão de você uma pessoa cheia do fogo do Espírito Santo de Deus.
Na cristandade atual, não poucas pessoas em nossas igrejas estão se apagando. Em suas vidas há mais cinzas do que brasas. Busque o sopro do Espírito! Para que das brasas renasça o fogo tão importante para o sacrifício. É triste ver tantos irmãos, outrora tochas acesas, regredindo à condição de brasas. E, o que é pior, das brasas à condição de cinzas. É triste ver tantos jovens, idade em que deveriam estar incendiando o mundo, apagados. É triste ver nossos adolescentes sem brilho, sem vontade de buscar a Deus, mergulhados no desconhecido das trevas ao invés da luz do Senhor. É preciso mostrar-lhes a importância da lenha (leitura da palavra de Deus, oração, comunhão) para alimentar o fogo, sem o qual não há sacrifício. Sem lenha não há fogo. Sem fogo não há sacrifício. Sem sacrifício não seremos aceitos diante de Deus. Então restarão somente cinzas.
Mas há esperança! Assim como Deus deu vida a um vale de ossos secos, Ezequiel cap. 37, Ele pode fazer uma pessoa ressurgir das cinzas. Ele pode incendiar sua vida. Ele pode incendiar sua igreja, seu bairro, sua cidade. Busque, pois, o fogo do Espírito, através do combustível que é a palavra de Deus e a oração.
As cinzas
Mas o Espírito Santo não habita num templo sujo, imundo. As cinzas do sacrifício precisam ser removidas, são resíduos, que para nada servem senão para serem lançadas fora. As cinzas são incompatíveis com o fogo. Elas atrapalham o desenvolvimento do fogo. Havendo somente cinzas o fogo apagará. Daí a necessidade de removê-las e lança-las bem longe, para que a cada manhã tenhamos um fogo novo. As cinzas como resíduo do sacrifício são as lembranças do pecado. É a velha natureza tentando se levantar das cinzas. De forma alguma podemos trazer à memória as lembranças do tempo de subserviência à carne. Precisamos trazer à memória aquilo que nós dá esperança. Precisamos ocupar a nossa mente com tudo o que é “verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama “(Fl 4.3). Um fogo novo é o que queremos, é o que buscamos, e esta é a lei do holocausto: o fogo não pode apagar!

Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei
25/11/04

Tempos de Guerra

Tempos de Guerra


Em tempo de guerra declarada, porque vejo soldados bebendo do veneno do inimigo, sabendo que é veneno?
Porque trocam suas rações diárias, balanceadas, pelos manjares dos reis? Comida indigesta, doce ao paladar, amarga ao estômago.
Porque abandonam o posto quando sabem da necessidade de vigilância?
Porque dormem no posto quando sabem que o inimigo está à espreita, avançando no terreno, tomando novas posições?
Porque trocam às vezes, seu manual de instrução por cartilhas forjadas pelo inimigo?
Porque durante as campanhas, em vez de erguerem o estandarte da vitória, vejo muitos hastearem a bandeira, como que derrotados?
Porque aceitam as instruções do inimigo, indo por caminhos que ao final são caminhos de morte? Caminhos largos que afunilam, conduzindo a um campo minado. Na preleção foram orientados sobre qual caminho seguir, Porque ainda muitos erram o caminho?
Porque vejo soldados parando quando deveriam prosseguir?
Porque os vejo recuando quando a ordem é para avançar?
Porque se deixam confundir por comandos, por ordens no campo de batalha, que não procedem do comandante? As vozes de comando estão todas no manual de campanha e a voz do comandante é inconfundível. Então, por quê?
Muitos soldados estão a desertar, abandonando as fileiras, meu Deus! Muitos estão tombando ao meu lado! Senhor! Comandante! Uma voz estridente se fez ouvir em todo o campo de batalha: “Permaneçam”! “Avancem”! “Não recuem em suas posições”! “Não abaixem suas armas”! Era a voz do comandante, animando os corações abatidos.
Em contrapartida, no arraial do inimigo, percebeu-se grande silêncio e temor.
Até que nos deparamos com os portais de uma grande cidade, cujo nome era CANAÃ CELESTIAL. Ao olhar para trás percebi que o exército inimigo estava todo destruído, porém mais ao longe vinha um grupo de soldados, eram dos nossos, pensei. Ao se aproximarem, momento em que os portais se abriam, o Comandante não os deixou entrar e disse: “aqui não tem lugar para os covardes, apartai-vos de mim malditos desertores”. Ali houve muito choro e desespero.
Nós fomos convidados a entrar, recepcionados por uma grande comitiva que nos deram vestes brancas. Mais que depressa tirei o fardamento castigado pela guerra e me vesti de branco. Naquela cidade eu comecei a ver todos aqueles que morreram no campo de batalha, que não recuaram em suas posições, estavam vivos e sem nenhum ferimento. Neste momento eu chorava muito, então o comandante se aproximou de mim, enxugou minhas lágrimas e disse: “não haverá mais guerra, nem sofrimento, tragada foi a morte pela vitória e o grande adversário foi destruído para sempre. Venha, sente-se à mesa valoroso soldado, vamos tomar a ceia da vitória, temos uma eternidade de paz para viver”.
Indo em direção à grande mesa, como o desabrochar de uma flor, o choro deu lugar ao riso e a alegria encheu meu coração.

Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei
05/11/06

sábado, 25 de agosto de 2007

Fé Triunfante

Fé triunfante
Gl 1.6-9

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,..v.6”. A igreja na Galácia estava enfrentando uma turbulência doutrinária, um confronto: evangelho da graça x evangelho da circuncisão. Alguns judeus cristãos, ou que se diziam cristãos, estavam pervertendo o evangelho de Cristo (V. 7), falando da necessidade dos novos cristãos em circuncidarem-se. Tudo leva a crê que os crentes da Galácia estavam se deixando persuadir, a ponto do Apóstolo Paulo se admirar por tamanha fraqueza na fé, ou poderíamos dizer inconstância na fé, ou intermitente na fé, ou vulnerabilidade na fé ou ainda, fé infundamentada (não conhece os fundamentos).
Aqui temos o ponto chave para entendermos o que é fé triunfante, pois os que não conhecem os fundamentos de sua fé, não estão aptos a responder/explicar/contrapor àqueles que se levantam contra o evangelho da graça. Os crentes da Galácia, tudo indica, não tinham entendido a profundidade/implicações do evangelho da graça. Aceitar a circuncisão era o mesmo que invalidar o sacrifício de Jesus na cruz. Seria o mesmo que dizer: a morte de Cristo não é suficiente para minha justificação, para minha salvação. Este é o ponto crucial da fé cristã, na verdade o mais importante. O ataque dos judeus acertava o ponto nevrálgico do cristianismo, ou seja, a salvação pela graça, mediante a fé, não por obras da lei, que a ninguém justifica, ao contrário, a todos condena, visto que, a não ser Jesus, nenhum outro homem pode observá-la integralmente.
Muitos têm se levantado com o intuito de perverter o evangelho de Cristo. Ao longo desses dois mil anos o evangelho tem sofrido toda sorte de ataques por falsos mestres, filosofias mundanas, governos, espíritos enganadores, homens que se levantam exclusivamente para se opor à verdade que vem de Deus. A forma dos cristãos estarem firmes na fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd. 3), é conhecendo os seus fundamentos. Só irão permanecer na fé aqueles que batalharem diligentemente por ela.
Uma luta vem sendo travada, e não há neutralidade. Quem não ajunta, espalha. De que maneira eu tenho me preparado? Perseverando na doutrina dos apóstolos, ou assistindo novelas de 17h30min às 22h00min horas?
Batalhar diligentemente pela fé significa imergir nas sagradas escrituras. Significa esquadrinhar os evangelhos. Significa orar sem cessar para que não venhamos a ser levados por ventos de doutrina, falsos evangelhos. Mas ao contrário, possamos estar firmes na fé. Isto é o que importa, é o que vai contar no dia da tribulação, no dia da angústia, ou temos sido enganados por um evangelho que nos isenta de qualquer sofrimento? Cristo foi um homem de dores, e se fizeram assim com o dono da casa, quanto mais aos seus servos.
A palavra fundamento ganhou uma conotação negativa em nossos dias, porque dá origem ao termo fundamentalismo e nos faz lembrar dos fundamentalistas islâmicos, que ateiam bomba ao corpo, se matando e matando a muitos que discordam de seus métodos. Então, o que comumente ouvimos, pela imprensa principalmente, é que não há espaços para fundamentalistas em nossa sociedade ocidental “civilizada”. Dizem ainda: “a verdade não é absoluta! Não existe um único objeto de fé! Não existe um único Deus! Todas as religiões levam a Deus, porque Deus se conforma a todas elas, porque Deus é um produto sócio-cultural”. Será? Deus não é um produto sócio-cultural, não é um produto da imaginação humana. Deus sempre existiu e exige exclusividade. A fé que agrada a Deus é aquela exclusiva em seu filho.
Precisamos estar fundamentados na verdade! Logo precisamos ser crentes fundamentalistas! Poderíamos usar um eufemismo, porém esta é a palavra. Fundamentalismo não é sinônimo de intolerância com aqueles que pensam diferente. É sinônimo de intolerância sim, em relação ao pecado, ao erro. Não é ser radical, muito menos fanático, ao contrário, é amar ao próximo como a si mesmo.
Porque tanta ênfase neste assunto? Porque não é equivocado pensar que, num momento não muito longe, as igrejas que defendem uma única fé salvadora, um único caminho, podem ser postas na ilegalidade sob a acusação de crimes contra a humanidade, por pregar a “intolerância entre os povos”. Ou entremos na formo do mundo pregando um evangelho liberal e renunciamos a exclusividade da fé em Cristo, ou teremos de fechar as portas. E agora? Imaginem, todos os crentes verdadeiros sendo chamados a darem explicações sobre a pregação de um único caminho, Jesus, sem o qual o homem está condenado ao inferno! Os missionários sendo condenados à pena de morte! (o que já acontece em alguns lugares). Com certeza, aqueles que não estiverem firmes na fé negarão o evangelho. Porém, disse Jesus: “mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt. 10.33). Estejamos, pois, firmes!
Quem irá implementar tais medidas? Vivemos na expectativa da revelação do homem da iniqüidade, do filho da perdição, “o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus e é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2Ts. 2.4). Ele, o anticristo, irá resolver muitos dos problemas que atormentam a humanidade, a fome, conflitos, fará milagres, será uma unanimidade mundial, o grande líder! Assim nos diz o texto em 2Ts. 2.9-10 “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”. O anticristo será o grande perseguidor da igreja fiel militante.
Também, não é equivocado pensar que a culpa de muitos conflitos serão atribuídos aos seguidores de Cristo, portanto serão tidos como inimigos da paz, causadores de guerras, subversivos. A igreja está preparada para suportar tal perseguição? É muito cômodo pensar que não iremos passar por tal tribulação, mas o próprio Jesus testifica: “não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt. 24.22). O anticristo aguarda ocasião própria para ser revelado, porém, “com efeito, o ministério da iniqüidade já opera...” (2Ts. 1.7a). Muitos anticristos e falsos profetas têm surgido, pregando contra a fé em Jesus, contra a santidade, contra a verdade ao dizerem que não há verdade, uma vez que Deus é a própria verdade.
Contudo, estes alertas proféticos não são um convite ao desânimo, mas um convite a permanecermos firmes na fé que uma vez por todas foi entregue aos santos, “pois o Senhor matará o iníquo com o sopro da sua boca e o destruirá pela manifestação da sua vinda” (2Ts. 2.8b).
A vitória é certa! Precisamos andar como pessoas triunfantes, erguendo o estandarte da vitória, e quando a perseguição aumentar lembremo-nos das palavras de Jesus “Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc. 21.28). Aleluia! Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
Algumas características do constante na fé:
1- O constante na fé não passa do evangelho da graça para outro evangelho (Gl. 1.6);
2- O constante na fé permanece firme na doutrina dos apóstolos, ao passo que os inconstantes estão receptivos a todo tipo de ensinamento, ficam correndo atrás de novidades (At. 2.42);
3- O constante na fé permanece firme como quem vê aquele que é invisível (He. 11.27);
4- O constante na fé é aquele que entende que tomar a cruz é estar disposto a morrer por amor a Cristo (Lc.14.27);
5- O constante na fé é aquele que procura o caminho da santidade porque Deus é santo (1Pe.1.17);
6- O constante na fé exulta diante das provações porque sabe que Deus está no controle (1Pe 1.6);
7- O constante na fé permanece firme no seu curso, mesmo nos períodos de sequidão, de estiagem (Sl 23);
8- O constante na fé é aquele que ao receber a semente da palavra de Deus cresce, frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um (Mt. 13.23);
9- O constante na fé sabe que não temos aqui moradas permanentes, mas buscam a que há de vir (He. 13.14);
10- O constante na fé não julga demorado e nem duvida da promessa da volta de Cristo, mas confia no que foi dito pelo Senhor em Ap. 21.6: “Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim” (2Pe. 3.9);
11- O constante na fé é aquele servo que quando da volta do seu Senhor, o encontre fazendo a obra (Mt 24. 45-46);
Irmãos! Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador (aperfeiçoador) da nossa fé, Jesus (He. 1b-2a). No Senhor o nosso trabalho não é vão.

Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei da Costa Goulart
25/01/07

Não ficará pedra sobre pedra

Não ficará pedra sobre pedra
Mt 24.1-2

“Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt 24.1-2).
Estas palavras soam profeticamente. Jesus, tudo indica, não estava se referindo exclusivamente ao templo em Jerusalém, que veio de fato a ser destruído no ano 70 do primeiro século, pelo General romano Titus Flávio. Mas estava anunciando a perseguição que viria sobre o povo de Deus e se intensificaria na grande tribulação.
A destruição do templo, a dispersão do povo judeu por todos os cantos da terra, a perseguição aos cristãos por Roma, e posteriormente pelo Papado era o princípio das dores (Mt 24.3-14), ou seja, o prelúdio de um tempo de maldades que atingirá seu clímax, quando da manifestação do homem da iniqüidade (2Ts 2.3), do abominável da desolação (Mt. 24.15).
Hoje, em muitos países há liberdade de culto. No Brasil, por exemplo, a Constituição Federal nos dá esta garantia. Mas nem sempre foi assim, nem sempre será assim. Contrariando a letra de uma música popular, dias melhores não virão, antes que aconteça tudo o que foi predito por Jesus, Daniel, João e outros profetas.
A igreja do século XXI está no limiar, no alvorecer da grande tribulação. Onde o Anticristo “se levantará contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2Ts 2.4). Neste sentido, as palavras proféticas de Jesus quanto à destruição do templo aponta também para a perseguição da igreja fiel nos últimos dias.
Não ficará pedra sobre pedra. É certo que os templos onde se professam Jesus como Senhor serão fechados, destruídos. O homem da iniqüidade se encarregará de mudar os tempos e a lei (Dn 7.25). Se hoje temos liberdade para cultuar, neste dia não teremos mais. A igreja será posta na ilegalidade, os cristãos verdadeiros serão perseguidos, presos e mortos. Em apocalipse 13.7 está escrito: “Foi lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse...”Ainda, visão de Daniel 8.21; “Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles”. Neste período a igreja será mártir.
Ouço de muitos irmãos uma relutância em aceitar o fato de que a igreja passará pela grande tribulação. Dizem que a perseguição de que falam as profecias já aconteceram, porque vivemos num tempo de respeito aos direitos humanos. E, quando o anticristo se levantar, a igreja será arrebatada. Será? Bom seria.
Os direitos, as leis mudam de acordo com as conjunturas político-sociais e econômicas. Se voltarmos algumas décadas na história do Brasil, mais precisamente no período da Ditadura Militar (1964 – 1985), veremos que o Estado prendeu, torturou e matou milhares de pessoas que não concordavam com o regime. Porque pensavam diferentes eram tidos como uma ameaça à soberania/felicidade da nação, por isto eram exterminados.
Esta era a propaganda do Estado: “Ame o Brasil, ou deixe-o. Muitos dos que viveram naquela época aplaudiam os atos terroristas do Estado. Porque tinham comprado a idéia do regime, qual seja, todo cidadão que tivesse um posicionamento político/ideológico contrário ao Estado era considerado inimigo da nação, inimigo do bem comum.
Estas atrocidades aconteceram há poucos anos, sem mencionar as atrocidades/genocídios que aconteceram/acontecem no mundo, devido à intolerância. Quando se levantar o anticristo, segundo a eficácia de satanás, ele vai ser o grande opositor da igreja. Vai atribuir a ela a culpa pelas misérias da humanidade e exigirá do mundo adoração pessoal, tal qual Nabucodonosor. O mundo vai aplaudir a perseguição aos cristãos. Serão tidos por inimigos da humanidade, inimigos do bem comum. Contudo, quanto mais renhida se tornar a perseguição, mais intensa deverá ser a pregação da igreja contra o pecado.
Matar um crente será para o mundo um alívio, pois não suportarão a sã doutrina (IITm 4.3). Seremos odiados de todas as nações por causa do nome de Jesus (Mt 24.9). Nesta época haverá duas igrejas, a fiel e a apóstata. De que lado você está? De que lado você vai ficar?
Precisamos entender que o Senhor não nos livra da morte, ele nos livra na morte. Em Mateus 24.13 lemos: “Aquele, porém, que perseverá até o fim, este será salvo”. A despeito de tamanha perseguição a igreja tem a obrigação de manter o testemunho, pois esta é a chave da vitória: “Eles, pois, o venceram, por causa do Sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, em face da própria morte não amaram a própria vida” (Ap. 13.11).
Os templos estão vazios, as reuniões de oração estão acabando. Se hoje temos liberdade de culto e não o fazemos, como será no dia em que os templos forem fechados? Deus tenha misericórdia de nós! Desperte o teu povo! De fato este será o dia da grande apostasia. Pois, se por coisas mínimas o povo tem deixado de congregar, quando tiverem que pagar com a própria vida, por certo negarão a Cristo.
“Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo: mas por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.22). O sofrimento terá fim. A perseguição cessará. O Anticristo será destruído por ocasião da manifestação da vinda do Senhor Jesus (2Ts 2.8). A igreja fiel será recepcionada no céu para as bodas do Cordeiro. João viu este dia, “viu uma grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos: e clamavam em grande vós dizendo: AO NOSSO DEUS, QUE SE ASSENTA NO TRONO, E AO CORDEIRO, PERTENCE A SALVAÇÃO. Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes que se vestem de vestiduras brancas, quem são e de onde vieram? Respondeu João: Meu Senhor tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da GRANDE TRIBULAÇÃO, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no Sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 7.9-17).

Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei da Costa Goulart
05/05/07

sábado, 18 de agosto de 2007

Escravo da matéria morta

Escravo da Matéria Morta

A busca pelo ter remonta tempos antigos. Todo homem quer ter, quer possuir, sempre foi assim em todos os tempos e em todos os lugares - quando digo sempre foi assim exclui-se o período anterior ao pecado -, porém, o perigo está no desequilíbrio que se criou entre o ter e o ser, ou poderíamos falar de uma inversão, o ter como realização do ser. Mas, quando? A partir do momento em que o homem desobedeceu às ordenanças do Criador e agravou-se com o advento do capitalismo. Esta inversão está na base das infelicidades e escravidão mundo afora.
Em nossa sociedade as pessoas se realizam enquanto consumidoras. Este condicionamento tendencioso, maldoso, irresponsável criou uma sociedade escrava da matéria morta. Aqueles que se dizem possuidores de muitos bens, na verdade são possuídos por muitos bens. Daí advêm a escravidão. O grande desafio é possuir sem ser possuído.
Os desprovidos de muitas posses não estão isentos dessa relação de dominância, pois podem levar uma vida escravizada pelo desejo de possuir aquilo que não possui. Ao passo que um milionário possuindo os seus milhões pode viver despossuído, livre para o cultivo de bens imateriais: o amor ao próximo, o respeito às diferenças, a boa convivência, a amizade, entre tantos outros.
A luta de cada ser humano deveria ser a busca pelo estabelecimento do equilíbrio entre o ter e o ser. O ter é complementar, porque em si mesmo não existe sustentabilidade, não há profundidade. O ser é essencial, faz parte do foro íntimo do homem, não se compra, não se vende, se constrói.
O reflexo de um ser bem alicerçado se faz sentir num bom relacionamento inter-pessoal, na alegria de viver, na preocupação com as pequenas coisas, no altruísmo, em não considerar nada do que tem exclusivamente seu, em saber partilhar, compartilhar, doar, pois todos fomos beneficiados por Aquele que nos doou a própria vida, Jesus Cristo.
O desapego pela matéria não significa descaso pelos bens materiais. Precisamos sim, ser bons administradores e não possuidores daquilo que temos, porque aquele que se acha possuidor é possuído. Daí a maldade, o egoísmo, pois toda a vida girará em torno da subserviência ao material.
O Grande Mestre Jesus certo feita fora abordado por um jovem muito rico que Lhe fez a seguinte pergunta: bom mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna? Então Jesus respondeu lançando um desafio: Vai, venda tudo o que tens e distribua aos pobres. O jovem rico abaixou a cabeça e foi embora. Primeira constatação: a despeito de sua riqueza o jovem demonstrava insatisfação com a vida que levava, tanto é verdade que foi em busca de algo eterno. O Mestre Jesus percebendo a necessidade daquele jovem mandou que ele se despossuísse de tudo a fim de não ser possuído por nada.
Esta era e é a questão fundamental, não ser possuído. Não dá para almejar coisas eternas vivendo em função de coisas efêmeras. A matéria é efêmera, viver em função dela é viver no limiar da felicidade com a infelicidade; segunda constatação: O Mestre Jesus não está condenando a riqueza, mas o coração posto na riqueza. Não é que para almejarmos os bens eternos tenhamos que, necessariamente, distribuir todos os nossos bens terrenos aos pobres, mas ao lançar o desafio o mestre queria que o jovem rico estabelecesse sua prioridade e ele o fez, preferiu servir aos bens materiais que erroneamente pensava possuir.
Em resumo, o Mestre Jesus queria que o jovem se libertasse da escravidão da matéria morta para que se iniciasse uma conversa sobre os bens e valores da eternidade.
O que se está querendo passar com este discurso é que a matéria precisa estar ao nosso serviço e não o contrário, senão seremos seres humanos contrariados.

Obs: Aquele que copiar parte ou todo o texto para qualquer fim, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei da Costa Goulart
25/08/04

O tempo, as marcas

O tempo, as marcas

1. Tempo, quem pode contê-lo? Na terra dos viventes não se achou tal ser humano.

2. Tempo, força invisível que a todos e a tudo lhes submetem. Quem poderá parar sua marcha inexorável?

3. Tempo, o maior dos professores, ainda que mate seus alunos.

4. Tempo, quem pode contê-lo? Como relógio pontualíssimo, o sol anuncia o novo dia, que se não fossem as marcas deixadas – qual ferrugem em metais – seria um dia igual aos outros.

5. Tempo, em consórcio com o sol, a lua e as estrelas, deixam marcas que se intensificam com o anunciar do novo dia. Novo dia, velhas marcas.

6. Tempo, nada pode mudar! Mas, a tudo destrói, impõem limites à arrogância dos homens. Nem sempre foi assim, nem sempre será assim. O que já foi não será, será melhor! Durará para sempre, e o tempo do tempo chegará, será seu fim, o fim do tempo, nos fins dos tempos, mas ainda não.

7. Tempo, tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. O tempo pelo tempo nada faz, nada determina, é necessário propósitos.

8. O tempo, as marcas, lembranças do que poderia ter sido e não foi, do que poderia ter feito e não fez. O sol está nascendo e o dia clareando, lembranças por lembranças matam! Ainda pode ser, ainda pode fazer. Só não é, só não faz, aqueles para quem o tempo acabou. O tempo acaba quando morre, para onde vais não tem obras, ou descanso ou tormento, para onde vais?

9. Tempo, é tempo de lançar as redes, uma! Duas! Três!...O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. O mestre tinha razão, as redes cheias.

10. Tempo, é tempo de colher o que se plantou. Nada para colher, porque não plantou! Se plantares certamente colherás.

11. O tempo, as marcas do tempo. O tempo não faz desaparecer as marcas. Ao nível das emoções pode ser que sim, ao nível das conquistas é certo que não. O que não se conquistou ainda pode ser conquistado, mas o tempo que passou nada conquista. Portanto, propósitos, redes, plantar, colher...
Obs.: Aquele que copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.

Pb. Wanderlei da Costa Goulart
24/05/2006