A lei do Holocausto
(Lv. 6.8-13)
(Lv. 6.8-13)
Qual é a lei do holocausto? Deus deu ordens aos sacerdotes acerca do altar e do holocausto. O sacrifício deveria queimar sobre o altar a noite toda e no outro dia o holocausto era renovado, isto continuamente. Entre um sacrifício e outro, as cinzas eram removidas e jogadas fora do arraial, tomando sempre o cuidado de não deixar o fogo se apagar. Para tanto, os sacerdotes ateavam lenha sob o altar a cada manhã.
A presença vivificante de Deus no meio do povo israelita estava relacionada ao sacrifício contínuo. Agindo assim, a glória do Senhor enchia o templo, santificava o povo, tornando-os propício a Ele. Hoje, a presença de Deus na vida do crente e da igreja também está relacionada ao sacrifício contínuo. Ainda precisamos sacrificar! Se não sacrificarmos a presença de Deus em vez de nos vivificar irá nos matar. O que significa isto? Desde quando a presença de Deus mata? Alguém poderia perguntar. A verdade é que nossas igrejas estão cheias de cadáveres espirituais! Pessoas que por terem deixado de sacrificar estão morrendo e muitas já estão mortas. É neste sentido que a presença de Deus mata, pois as pessoas têm chegado diante Dele com o coração impregnado de pecado e querem ser abençoadas tais como estão. Não existe compatibilidade entre luz e trevas. A presença santificadora de Deus expõe o pecado e se não houver confissão e abandono é certo que esta presença causará o efeito contrário. Muitas pessoas nesta situação estão pulando de igreja em igreja dizendo que já não sentem mais a presença de Deus. De fato não vão sentir, pois um morto nada sente, há não ser que clamem pelo poder vivificador do Espírito de Deus. Do contrário, e se não começarem a sacrificar, ficaram quais zumbis perambulando sem rumo/sem direção até se precipitarem no abismo, lugar sem volta.
Alguém poderia questionar, o sacrifício cessou! Sim, O sacrifício segundo a ordem de Arão cessou, mas o sacrifício segundo a ordem de Jesus continua válido até o dia final. Em Jesus somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Jesus instaurou o sacerdócio universal a partir de sua morte e ressurreição. Então precisamos assumir as responsabilidades de sacerdotes, quanto ao templo, quanto ao altar, quanto ao sacrifício, quanto ao fogo, quanto à lenha e quanto às cinzas. O que isto significa?
O templo
Na dispensação da nova aliança o templo é minha vida, é o meu corpo. Em I Co 6.19, lemos: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” O nosso corpo não mais nos pertence, pertence a Deus. Portanto precisamos ser zelosos com ele, limpa-lo/santifica-lo de toda impureza, sujeira, “porque fomos comprados por um preço muito alto. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20).
Observamos grandes e suntuosos templos sendo construídos em nossas cidades. Entretanto, a espiritualidade de uma congregação não é medida pelo tamanho do templo ou por sua ornamentação. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. Deus habita no coração do homem que lhe dá morada. Deus está preocupado com este templo, não com aquele. Hoje, é comum as pessoas confundirem/associarem igreja ao espaço físico. Quando na verdade nós é que somos a igreja de Deus, templo do Espírito Santo. Onde quer que formos ou o que fizermos, somos representantes da igreja de Deus. Portanto, como sacerdotes, cuidem deste templo, pois é nele que o Espírito de Deus habita.
O altar
Se o templo é o meu corpo, o altar está dentro de mim, é o meu coração. Neste altar preciso sacrificar continuamente o pecado que tenazmente me assedia. O pecado do orgulho, da soberba, da inveja, da ira, da discórdia, o pecado da idolatria, da rebeldia, o pecado da prostituição, da lascívia, as obras da carne que milita contra o fruto do espírito. Este sacrifício se faz necessário para que possamos mortificar a carne todos os dias. É uma luta ininterrupta, sem trégua. Se baixarmos nossas armas espirituais morreremos. Morreremos espiritualmente, nos tornaremos escravos da carne. Da mesma forma que o sacrifício de animais aplacava a ira de Deus, o sacrifício do pecado nos torna propício a Ele.
O fogo
É certo que não há sacrifício sem fogo. Para que haja sacrifício contínuo o fogo precisa queimar sob o altar constantemente. Este fogo simboliza o Espírito Santo de Deus. Sem ele não há sacrifício! O fogo do Espírito é quem nos dá forças para sacrificarmos. Sacrificamos quando confessamos os nossos pecados, quando nos arrependemos e abandonamos o erro, quando deixamos o mundo e seguimos a Cristo. Assim como na Antiga Aliança era responsabilidade do sacerdote fazer com que o fogo nunca se apagasse (v.12), na Nova Aliança esta ordenança ainda continua válida. O que mudou é que Deus não mais exige sacrifícios de animais, Ele exige uma vida de sacrifícios. Jesus assim nos disse no Evangelho de Lucas 9.23: “...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” A negação do eu é um dos maiores sacrifícios que se possa exigir de alguém e são poucos que estão disposto a fazê-lo. Contudo, não basta só negar-se a si mesmo, é preciso tomar a cruz todos os dias e seguir na caminhada da pregação e vivência do evangelho, na caminhada da divulgação dos valores do Reino de Deus. Se alguém quiser viver assim, é necessário fazer tais sacrifícios. O fogo do Espírito precisa arder em nossos corações constantemente.
A lenha
O sacerdote deveria chegar lenha no altar todas as manhãs. A lenha não deixa o fogo se apagar, é o combustível que lhe dá força e o mantém aceso. A lenha simboliza a leitura da palavra, é a oração e a comunhão. A lenha é o perdão, o amor ao próximo. A lenha é fazer o bem sem olhar a quem, é a obediência à palavra de Deus, é viver como nova criatura, mortificando a carne, vivificando o espírito. É o cristianismo prático. Estes são os combustíveis que farão de você uma pessoa cheia do fogo do Espírito Santo de Deus.
Na cristandade atual, não poucas pessoas em nossas igrejas estão se apagando. Em suas vidas há mais cinzas do que brasas. Busque o sopro do Espírito! Para que das brasas renasça o fogo tão importante para o sacrifício. É triste ver tantos irmãos, outrora tochas acesas, regredindo à condição de brasas. E, o que é pior, das brasas à condição de cinzas. É triste ver tantos jovens, idade em que deveriam estar incendiando o mundo, apagados. É triste ver nossos adolescentes sem brilho, sem vontade de buscar a Deus, mergulhados no desconhecido das trevas ao invés da luz do Senhor. É preciso mostrar-lhes a importância da lenha (leitura da palavra de Deus, oração, comunhão) para alimentar o fogo, sem o qual não há sacrifício. Sem lenha não há fogo. Sem fogo não há sacrifício. Sem sacrifício não seremos aceitos diante de Deus. Então restarão somente cinzas.
Mas há esperança! Assim como Deus deu vida a um vale de ossos secos, Ezequiel cap. 37, Ele pode fazer uma pessoa ressurgir das cinzas. Ele pode incendiar sua vida. Ele pode incendiar sua igreja, seu bairro, sua cidade. Busque, pois, o fogo do Espírito, através do combustível que é a palavra de Deus e a oração.
As cinzas
Mas o Espírito Santo não habita num templo sujo, imundo. As cinzas do sacrifício precisam ser removidas, são resíduos, que para nada servem senão para serem lançadas fora. As cinzas são incompatíveis com o fogo. Elas atrapalham o desenvolvimento do fogo. Havendo somente cinzas o fogo apagará. Daí a necessidade de removê-las e lança-las bem longe, para que a cada manhã tenhamos um fogo novo. As cinzas como resíduo do sacrifício são as lembranças do pecado. É a velha natureza tentando se levantar das cinzas. De forma alguma podemos trazer à memória as lembranças do tempo de subserviência à carne. Precisamos trazer à memória aquilo que nós dá esperança. Precisamos ocupar a nossa mente com tudo o que é “verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama “(Fl 4.3). Um fogo novo é o que queremos, é o que buscamos, e esta é a lei do holocausto: o fogo não pode apagar!
Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.
Pb. Wanderlei
25/11/04
A presença vivificante de Deus no meio do povo israelita estava relacionada ao sacrifício contínuo. Agindo assim, a glória do Senhor enchia o templo, santificava o povo, tornando-os propício a Ele. Hoje, a presença de Deus na vida do crente e da igreja também está relacionada ao sacrifício contínuo. Ainda precisamos sacrificar! Se não sacrificarmos a presença de Deus em vez de nos vivificar irá nos matar. O que significa isto? Desde quando a presença de Deus mata? Alguém poderia perguntar. A verdade é que nossas igrejas estão cheias de cadáveres espirituais! Pessoas que por terem deixado de sacrificar estão morrendo e muitas já estão mortas. É neste sentido que a presença de Deus mata, pois as pessoas têm chegado diante Dele com o coração impregnado de pecado e querem ser abençoadas tais como estão. Não existe compatibilidade entre luz e trevas. A presença santificadora de Deus expõe o pecado e se não houver confissão e abandono é certo que esta presença causará o efeito contrário. Muitas pessoas nesta situação estão pulando de igreja em igreja dizendo que já não sentem mais a presença de Deus. De fato não vão sentir, pois um morto nada sente, há não ser que clamem pelo poder vivificador do Espírito de Deus. Do contrário, e se não começarem a sacrificar, ficaram quais zumbis perambulando sem rumo/sem direção até se precipitarem no abismo, lugar sem volta.
Alguém poderia questionar, o sacrifício cessou! Sim, O sacrifício segundo a ordem de Arão cessou, mas o sacrifício segundo a ordem de Jesus continua válido até o dia final. Em Jesus somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Jesus instaurou o sacerdócio universal a partir de sua morte e ressurreição. Então precisamos assumir as responsabilidades de sacerdotes, quanto ao templo, quanto ao altar, quanto ao sacrifício, quanto ao fogo, quanto à lenha e quanto às cinzas. O que isto significa?
O templo
Na dispensação da nova aliança o templo é minha vida, é o meu corpo. Em I Co 6.19, lemos: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” O nosso corpo não mais nos pertence, pertence a Deus. Portanto precisamos ser zelosos com ele, limpa-lo/santifica-lo de toda impureza, sujeira, “porque fomos comprados por um preço muito alto. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20).
Observamos grandes e suntuosos templos sendo construídos em nossas cidades. Entretanto, a espiritualidade de uma congregação não é medida pelo tamanho do templo ou por sua ornamentação. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. Deus habita no coração do homem que lhe dá morada. Deus está preocupado com este templo, não com aquele. Hoje, é comum as pessoas confundirem/associarem igreja ao espaço físico. Quando na verdade nós é que somos a igreja de Deus, templo do Espírito Santo. Onde quer que formos ou o que fizermos, somos representantes da igreja de Deus. Portanto, como sacerdotes, cuidem deste templo, pois é nele que o Espírito de Deus habita.
O altar
Se o templo é o meu corpo, o altar está dentro de mim, é o meu coração. Neste altar preciso sacrificar continuamente o pecado que tenazmente me assedia. O pecado do orgulho, da soberba, da inveja, da ira, da discórdia, o pecado da idolatria, da rebeldia, o pecado da prostituição, da lascívia, as obras da carne que milita contra o fruto do espírito. Este sacrifício se faz necessário para que possamos mortificar a carne todos os dias. É uma luta ininterrupta, sem trégua. Se baixarmos nossas armas espirituais morreremos. Morreremos espiritualmente, nos tornaremos escravos da carne. Da mesma forma que o sacrifício de animais aplacava a ira de Deus, o sacrifício do pecado nos torna propício a Ele.
O fogo
É certo que não há sacrifício sem fogo. Para que haja sacrifício contínuo o fogo precisa queimar sob o altar constantemente. Este fogo simboliza o Espírito Santo de Deus. Sem ele não há sacrifício! O fogo do Espírito é quem nos dá forças para sacrificarmos. Sacrificamos quando confessamos os nossos pecados, quando nos arrependemos e abandonamos o erro, quando deixamos o mundo e seguimos a Cristo. Assim como na Antiga Aliança era responsabilidade do sacerdote fazer com que o fogo nunca se apagasse (v.12), na Nova Aliança esta ordenança ainda continua válida. O que mudou é que Deus não mais exige sacrifícios de animais, Ele exige uma vida de sacrifícios. Jesus assim nos disse no Evangelho de Lucas 9.23: “...Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” A negação do eu é um dos maiores sacrifícios que se possa exigir de alguém e são poucos que estão disposto a fazê-lo. Contudo, não basta só negar-se a si mesmo, é preciso tomar a cruz todos os dias e seguir na caminhada da pregação e vivência do evangelho, na caminhada da divulgação dos valores do Reino de Deus. Se alguém quiser viver assim, é necessário fazer tais sacrifícios. O fogo do Espírito precisa arder em nossos corações constantemente.
A lenha
O sacerdote deveria chegar lenha no altar todas as manhãs. A lenha não deixa o fogo se apagar, é o combustível que lhe dá força e o mantém aceso. A lenha simboliza a leitura da palavra, é a oração e a comunhão. A lenha é o perdão, o amor ao próximo. A lenha é fazer o bem sem olhar a quem, é a obediência à palavra de Deus, é viver como nova criatura, mortificando a carne, vivificando o espírito. É o cristianismo prático. Estes são os combustíveis que farão de você uma pessoa cheia do fogo do Espírito Santo de Deus.
Na cristandade atual, não poucas pessoas em nossas igrejas estão se apagando. Em suas vidas há mais cinzas do que brasas. Busque o sopro do Espírito! Para que das brasas renasça o fogo tão importante para o sacrifício. É triste ver tantos irmãos, outrora tochas acesas, regredindo à condição de brasas. E, o que é pior, das brasas à condição de cinzas. É triste ver tantos jovens, idade em que deveriam estar incendiando o mundo, apagados. É triste ver nossos adolescentes sem brilho, sem vontade de buscar a Deus, mergulhados no desconhecido das trevas ao invés da luz do Senhor. É preciso mostrar-lhes a importância da lenha (leitura da palavra de Deus, oração, comunhão) para alimentar o fogo, sem o qual não há sacrifício. Sem lenha não há fogo. Sem fogo não há sacrifício. Sem sacrifício não seremos aceitos diante de Deus. Então restarão somente cinzas.
Mas há esperança! Assim como Deus deu vida a um vale de ossos secos, Ezequiel cap. 37, Ele pode fazer uma pessoa ressurgir das cinzas. Ele pode incendiar sua vida. Ele pode incendiar sua igreja, seu bairro, sua cidade. Busque, pois, o fogo do Espírito, através do combustível que é a palavra de Deus e a oração.
As cinzas
Mas o Espírito Santo não habita num templo sujo, imundo. As cinzas do sacrifício precisam ser removidas, são resíduos, que para nada servem senão para serem lançadas fora. As cinzas são incompatíveis com o fogo. Elas atrapalham o desenvolvimento do fogo. Havendo somente cinzas o fogo apagará. Daí a necessidade de removê-las e lança-las bem longe, para que a cada manhã tenhamos um fogo novo. As cinzas como resíduo do sacrifício são as lembranças do pecado. É a velha natureza tentando se levantar das cinzas. De forma alguma podemos trazer à memória as lembranças do tempo de subserviência à carne. Precisamos trazer à memória aquilo que nós dá esperança. Precisamos ocupar a nossa mente com tudo o que é “verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama “(Fl 4.3). Um fogo novo é o que queremos, é o que buscamos, e esta é a lei do holocausto: o fogo não pode apagar!
Obs.: Quem copiar parte ou todo o texto, favor fazer referência ao autor.
Pb. Wanderlei
25/11/04